Pela segunda vez no mesmo dia, a Ucrânia atacou um navio russo no mar Negro com um drone carregado de explosivos. O alvo, um petroleiro usado para abastecer forças de ocupação do país de Vladimir Putin no vizinho, foi avariado, mas não afundou.
A ação ocorreu por volta das 21h30 da sexta (4, 15h30 em Brasília) ao sul do estreito de Kertch, que é coberto pela ponte que liga a Crimeia anexada em 2014 à região russa de Krasnodar. O navio, o petroleiro Sig, foi atingido na altura da linha d’água por um bote-robô com 450 kg de explosivos.
O SBU (Serviço de Segurança da Ucrânia, na sigla local) afirmou extraoficialmente a repórteres que “fogos de artifício puderam ser vistos” de longe, mas imagens posteriores mostraram o navio flutuando, embora com água na sua sala de máquinas. Havia 11 pessoas a bordo, segundo a autoridade marítima russa.
O governador russo da área ocupada de Zaporíjia (sul da Ucrânia), Vladimir Rogov, publicou no Telegram que vários tripulantes ficaram feridos com cacos de vidros de janelas, mas nenhum com gravidade. Moscou não confirmou a informação —a chancelaria apenas disse que iria “responder ao ato terrorista”.
O tráfego de carros e trens na ponte da Crimeia, ela mesma alvo de um ataque com drones aquáticos ucranianos em julho, foi interrompido durante a noite. Dois rebocadores trataram de resgatar o Sig.
Na sexta, um drone marítimo atingiu um navio de transporte de tropas e equipamentos russo no porto de Novorossisk, um dos principais terminais petroleiros da Rússia —2% do petróleo cru do mundo passam por lá. Ele não afundou, mas ficou bastante avariado e foi filmado sendo rebocado adernado.
*Com informações da Folha de São Paulo