Teve início na madrugada desta sexta-feira (27), em Manaus, a greve dos trabalhadores da construção civil. A paralisação, por tempo indeterminado, foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintracomec), que cobra, entre outras pautas, um reajuste salarial de 12% e melhorias nas condições de trabalho.
Segundo Carlos Waldemar, diretor de Finanças do Sintracomec, além do aumento salarial, a categoria também reivindica uma cesta básica no valor de R$ 600, o fim do limite de trabalhadores que têm direito ao benefício, plano de saúde e a implementação da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR).
“Manaus possui cerca de 20 mil trabalhadores da construção civil, distribuídos em mais de 30 obras. Na segunda-feira, boa parte deles estará de braços cruzados aguardando um posicionamento favorável do sindicato patronal. Nossa concentração acontecerá a partir das 9h, em frente ao Sinduscon-AM, ao lado do Millennium Shopping, pela avenida Djalma Batista”, informou Carlos.
Em nota oficial, o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon-AM), entidade patronal, lamentou o início da greve durante o processo de mediação conduzido pela Superintendência Regional do Trabalho (DRT-AM).
O Sinduscon-AM classificou a paralisação como uma “atitude precipitada e desrespeitosa ao processo de diálogo social” e reforçou que as negociações para o Dissídio Coletivo 2025/2026 ainda estão em andamento. Até o momento, a entidade propôs um reajuste de 3%.
Uma nova sessão de mediação está marcada para o dia 2 de julho, às 9h, na sede da DRT-AM.
O sindicato patronal orientou as empresas a manterem os canteiros de obras em funcionamento, respeitando o direito de livre acesso dos trabalhadores que optarem por não aderir à greve. Também recomendou que casos de coação ou bloqueios sejam documentados com boletins de ocorrência e registros fotográficos.
Por fim, o Sinduscon reiterou a recomendação de aplicar o reajuste conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado entre 1º de julho de 2024 e 30 de junho de 2025, na folha de pagamento de julho.
*Com informações do Portal A Crítica