Uma frentista, identificada como Joyce William, denunciou ter sido agredida e humilhada no seu segundo dia de trabalho em um posto de combustível localizado na Avenida Rodrigo Otávio, no bairro Japiim, zona Sul de Manaus. O caso, ocorrido no sábado (15/02), já está sendo investigado pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM).
Segundo Joyce, as agressões partiram da esposa e da filha do proprietário do estabelecimento, identificado apenas como “Helder”. A motivação, de acordo com a vítima, seria o ciúme das duas mulheres, que não aceitaram sua contratação.
Em um vídeo gravado pela própria frentista após as agressões, ela conta que as duas mulheres a acusaram de ter sido contratada com “segundas intenções”, insinuando um suposto caso com o dono do posto.
“Hoje é o segundo dia que estou trabalhando aqui. A filha do dono e a mulher dele vieram aqui, me chamaram e perguntaram meu nome na hora que estava abastecendo ali. Quando entrei, elas simplesmente estavam discutindo lá dentro. Comecei a escutar a gritaria delas, dizendo que não era pra ter me contratado, disseram que eu não fazia o perfil da empresa, que eu era muito bonita para trabalhar ali”, contou.
“Quando ela estava entrando no carro, eu questionei ela sobre o motivo de fazerem aquilo, e ela começou a me xingar. Aí o seu Hélder, que é o dono daqui, falou: ‘Mas a menina começou a trabalhar ontem’, aí a mulher respondeu, que menina que é essa? É uma vadia, uma vagabunda”, disse.
Tentativa de atropelamento
O confronto verbal passou para agressões físicas. Joyce afirmou que a esposa do dono do estabelecimento jogou tinta inflamável nela, causando queimaduras leves, enquanto a filha dele tentou atropelá-la com um carro por três vezes. As agressões foram presenciadas e registradas por testemunhas que passavam pelo local.
Após a confusão, Joyce registrou um Boletim de Ocorrência (BO) no 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) e foi encaminhada ao hospital para tratar os ferimentos que sofreu durante as agressões.
Posto nega vínculo com frentista
O advogado Ricardo Monteiro, representante do posto de combustível, negou as acusações e afirmou que Joyce nunca foi funcionária da empresa.
“Todas as medidas legais estão sendo feitas contra as declarações difamatórias feitas pela senhora Joyceane, e que ela jamais foi funcionária da empresa. Contestaremos as acusações na Justiça, a qual confiamos plenamente para garantir que a verdade prevaleça”, declarou.
A PC-AM está investigando o caso e deve ouvir testemunhas e as partes envolvidas para apurar as responsabilidades e as circunstâncias do ocorrido.
*Com informações do Portal Toda Hora