O médico Iraelson Taveira Batista, de 42 anos, foi preso na terça-feira (05/08) por ceder plantões em unidades de saúde de Manaus ao estudante de educação física, Gabriel Ketzel da Silva, que está preso desde abril por falso exercício da medicina. O médico foi alvo da 2ª fase da Operação Hipócrates, deflagrada pelo 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
A primeira etapa da investigação teve como alvo Gabriel que há pelo menos dois anos atuava em clínicas particulares, hospitais públicos e privados, além de prestar atendimento voluntário a crianças em situação de vulnerabilidade social. Na ocasião, o mandado de busca de apreensão foi cumprido no Instituto ASAS pela Amazônia, fundado por Israleson e que contratava Gabriel. A polícia chegou ao estudante após denúncia da atuação clandestina dele.
Durante as investigações da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), foram encontradas conversas entre os suspeitos que identificavam o médico autorizando Gabriel a assumir seu posto em plantões de clínicas e unidades de saúde de Manaus.
Segundo o delegado Cícero Túlio, titular do 1º DIP, a análise dos documentos coletados na 1º fase da Operação e do conteúdo do celular de Gabriel confirmaram que Iraelson permitia ao estudante universitário atender crianças.
“O Israelson tinha conhecimento da ausência de formação em medida por parte do Gabriel e autorizava esse sujeito a participar de plantões no seu lugar atendendo, principalmente crianças em situação de vulnerabilidade”, declarou em entrevista à TV Amazonas.
Conforme o delegado, documentos comprovam o recebimento de pagamentos por parte de vítimas na chave Pix do Gabriel em atendimentos no Instituto coordenado por Israleson.
Sobre o falso médico
Segundo a PC-AM, Gabriel se apresentava como ortopedista, pediatra e clínico geral, além de voluntário em uma fundação (Instituto ASAS). Ele também atuava em clínicas e hospitais da capital em plantões no lugar de profissionais habilitados.
Além do mandado de prisão, ele foi alvo de busca e apreensão. Na casa dele, policiais apreenderam crachás falsos de médico, uniformes usados em plantões, carimbos em nome de outros médicos, além de uma arma falsa e um distintivo das Forças Armadas.
Ele responderá pelos crimes de exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica, falsa identidade, estelionato contra vulnerável e falsificação de atestados.
*Com informações do Portal Toda Hora
