Moacir André Sacramento Filho, de 34 anos, e Vinícius Protázio dos Anjos, de 21 anos, foram presos nessa quarta-feira (5/11), suspeitos de envolvimento no homicídio qualificado de Yhan Pereira Nascimento, de 21 anos. O crime ocorreu na madrugada de terça-feira (3/11) em frente a uma tabacaria na avenida Pedro Teixeira, bairro Dom Pedro, zona centro-oeste de Manaus.
Segundo as investigações da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), o homicídio foi motivado por acerto de contas relacionado ao tráfico de drogas. Yhan foi “decretado de morte” por estar devendo à facção criminosa.
A delegado Marília Campello, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), explicou a dinâmica do crime.
“Tanto a vítima quanto os autores integrariam a mesma organização criminosa. A vítima foi atraída ao local e morta a tiros em uma emboscada. Ao menos dois atiradores participaram da ação, disparando de dentro de um veículo. Essa execução aconteceu em meio a outros clientes do estabelecimento, colocando outras pessoas em risco”, disse.
Cápsulas de munição ficaram espalhadas pela avenida, reforçando a suspeita de execução planejada. Equipes da 15ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) foram as primeiras a chegar ao local e isolar a área para o trabalho da perícia.
“As circunstância da morte configura o crime como homicídio qualificado. Esse foi um crime hediondo, premeditado e sem chance de defesa da vítima. As prisões em flagrante foram convertidas em prisões preventivas e eles devem continuar presos”, destacou a delegada.
Atirador confessa autoria
O delegado Ricardo Cunha, titular da DEHS, classificou o crime como “ousado, covarde e brutal”. Segundo ele, Vinícius, apontado como um dos atiradores, confessou a autoria e a premeditação do crime.
“Ele estudou a rotina da vítima antes de executá-la. Esse indivíduo detalhou o crime com frieza, sem demonstrar remorso, e cooptou outros homens para auxiliar no plano. Esse crime choca e pois trata-se de um local frequentado por pessoas de poder aquisitivo mais alto”, afirmou.
Motorista recebeu R$ 200
Ainda segundo o delegado, Moacir teria recebido R$ 200 de Vinícius para atuar como “piloto da missão”. O suspeito tambem tinha um mandado em aberto por condenação por roubo.
“No depoimento, ele confessou ter participado, mas alegou que acreditava estar envolvido apenas em uma extorsão mediante sequestro e que recebeu R$ 200 de Vinícius pelo serviço. Durante a prisão, foi constatado que ele já era foragido da Justiça por roubo”, detalhou Ricardo Cunha.
O veículo usado na emboscada, um Chevrolet Onix, e dois celulares foram apreendidos e encaminhados para perícia.
Terceiro suspeito está foragido
Em depoimento, o executor do crime informou que um terceiro envolvido, que estaria no banco de trás do carro, também teria efetuado disparos contra a vítima. As investigações continuam para localizar o outro participante do homicídio.
Moacir e Vinícius foram autuados por homicídio qualificado e encaminhados ao sistema prisional.
*Com informações do Portal Toda Hora








