O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Amazonas, Orlando Fanaia, anunciou nesta segunda-feira (15/12) que o Lote C da BR-319, que compreende o trecho entre os quilômetros (km) 198 e 250, deve encerrar o ano de 2025 com 10 quilômetros pavimentados.
Segundo Orlando Fanaia, a meta para 2026 é ampliar os serviços para mais 20 quilômetros asfaltados e contratar a empresa responsável pela pavimentação dos outros 30 quilômetros restantes do lote. A estimativa do Dnit é que, com a conclusão desse trecho, o tempo de viagem entre Manaus e Porto Velho seja reduzido.
“O planejamento é fecharmos 20 quilômetros em 2026. Está em licitação aberta para que a gente receba propostas para pavimentar os outros 30 quilômetros. São mais de R$ 500 milhões em investimentos, pelo tipo de pavimentação feita. O DNIT está adotando pavimentação com pedra para reduzir custos, mas garantindo boa trafegabilidade e durabilidade”, afirmou o superintendente em entrevista ao programa BandNews Amazônia.
De acordo com o Dnit, no Lote C é utilizado a técnica do rachão, uma camada composta por pedras, brita e areia que antecede a pavimentação asfáltica. O método é considerado mais resistente e proporciona maior firmeza à estrutura da rodovia, permitindo suportar o peso dos veículos que circularão pelo trecho.
Em agosto deste ano, o órgão informou que o chamado “verão amazônico” impulsionou o andamento das obras. Na primeira quinzena do mês, foi concluída a terraplenagem do trecho, com preparação para o início da aplicação do asfalto.
Trecho do meio
Durante a entrevista, Orlando também comentou sobre o andamento das obras no chamado “trecho do meio” da BR-319, que compreende cerca de 400 quilômetros e é considerado o mais crítico da rodovia. Segundo ele, o Dnir vem realizando estudos técnicos e ambientais para viabilizar a licença necessária à pavimentação.
“O Dnit tem gestão ambiental, tem feito estudos na região e atendido o Ibama. Essa licença tem condições de sair. Chegamos a um momento em que realmente não há motivos para essa pavimentação não avançar, pela importância econômica e também pelas questões climáticas”, destacou.
De acordo com Fanaia, após a liberação da licença, a prioridade será iniciar as obras nas áreas já antropizadas, como a região de Humaitá e a ponte sobre o rio Piquiá, que deve integrar o primeiro lote a ser licitado.
“Tem projetos do Dnit em andamento. Todas as pontes já estão com projeto básico aprovado. Três foram licitadas em Realidade, e ainda há a ponte do Igapó, que deve receber propostas de empresas para a execução da obra”, concluiu.
Adiamento na entrega de ponte
Na última semana, o Dnit informou o adiamento da entrega da ponte sobre o Rio Autaz Mirim, no km 25 da BR-319. Segundo o órgão, estudos recentes apontaram a necessidade de reforços estruturais e de ampliação da ponte.
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) recomendou ajustes que levaram o DNIT a adotar uma nova fundação e a aumentar o comprimento da estrutura, que passa a ter 250 metros.
*Com informações da assessoria








