Equipes da Defesa Civil do Amazonas estiveram na manhã desta quarta-feira (13) no local onde ocorreu um desabamento de terra na obra localizada no Conjunto Duque de Caxias, no Parque das Laranjeiras, na Zona Centro-Sul de Manaus.
De acordo com o Diretor de Operações da Defesa Civil, José Mendes, o local estará recebendo visitas da equipe de engenharia enquanto a situação não for normalizada.
“Estamos visitando as casas próximas ao deslizamento para saber a situação em que estão. Algumas já estão rachadas. Se for necessário, vamos ter que isolar o local para a segurança de todos. Essa obra já havia sido alertada para esses riscos, mas não escutaram e agora aconteceu isso”, comentou o Diretor.
Uma lona foi colocada no local para que, em caso de chuvas, se evite o contato da água com a terra, evitando assim temporariamente um novo deslizamento.
O pedreiro Wigson Ramos trabalhava na obra. Ele passou 50 minutos soterrado aguardando resgate.”Foi um milagre. No primeiro momento, eu escutei só um estalo. Tentamos correr, mas o barro alcançou rápido a gente. Foram dois desmoronamentos. No segundo, fiquei completamente debaixo da terra. Achei que ia morrer”, disse o pedreiro.
Após ficar 50 minutos soterrado, o pedreiro Wigson Ramos comemora poder estar ao lado da família novamente (Foto: Vinicius Antunes)
Resgate realizado pelos agentes do Corpo de Bombeiros (Foto: TV A Crítica)
André Pedro é um dos moradores que possui uma casa perto de onde aconteceu o deslizamento. Para ele e a família, o medo de ficar no local ainda é grande.”A gente quase nem conseguiu dormir direito essa noite, com medo de um novo deslizamento. É um risco pra gente. Apareceram algumas rachaduras na casa. Nossa vizinha já vai se mudar porque tem medo de morrer soterrada caso aconteça um novo deslizamento”, disse o morador.
O IMPLURB atestou diversas irregularidades na obra. Ela não será autorizada a retomar com as atividades de construção sem antes ter uma fiscalização e regularização.
“Nós adotamos as devidas providências, notificamos, embargamos e autuamos para que não se faça nada até que seja sanada toda e qualquer irregularidade que ocorreu no local”, disse Maria Aparecida, gerente DICON do Implurb.
Com informações do Portal Acrítica.