Uma viagem de rotina pelo Rio Amazonas deixou cerca de 200 passageiros da embarcação Golfinho do Norte, encalhados desde a madrugada desse domingo (08/06). O incidente ocorreu após a rota ser desviada por uma forte tempestade. O navio, que havia saído de Santarém (PA) com destino a Manaus, permanece preso em uma área de lama nas proximidades da comunidade Fraga, no município de Itacoatiara (AM), desde aproximadamente 3h30 da manhã de domingo.
Segundo relatos de passageiros, o barco foi arrastado por fortes ventos e banzeiros para uma área rasa, incapaz de seguir viagem. Tripulantes e passageiros denunciam a falta de assistência, informações e alimentos desde o início do incidente.
A empresa Santos Oliveira Navegação, responsável pela embarcação, informou por nota que está trabalhando para resolver a situação, mas não apresentou detalhes sobre prazos ou medidas adotadas para resgatar os passageiros.
Enquanto isso, uma segunda embarcação que tentou prestar socorro também acabou encalhada, agravando a operação de resgate. A tentativa de usar barcos menores para retirar os passageiros se mostrou arriscada ao tentar se aproximar do Golfinho do Norte, que segue estático devido à força da correnteza e ao peso da carga.
Passageiros relatam dificuldades
De acordo com Gil Pereira, um dos passageiros a bordo, a expectativa era de ainda restarem 12 horas de viagem até Manaus: “Devido à tempestade forte, o barco foi jogado para essa área e ficamos presos. Já vieram alguns rebocadores pra tentar nos tirar daqui, mas infelizmente ainda não conseguiram. É preciso um rebocador de potência pra isso”, contou.
Em vídeo compartilhados nas redes sociais, ele também relatou que parte das pessoas conseguiu desembarcar com a ajuda de pequenos barcos, mas muitos continuam no local para proteger cargas como veículos, frutas e outros mantimentos.
“Ficamos pelas nossas mercadorias, que não poderiam ser deixadas aqui. Peço orações e que possam providenciar a nossa saída daqui o mais rápido possível”, pediu.
Outros passageiros afirmam que a tripulação pouco se comunica e que a única refeição servida em mais de 24 horas foi uma porção mínima de sopa.
*Com informações do Portal Toda Hora