A manauara Aylah Gabrielly de Sousa Oliveira, de 19 anos, foi localizada no Japão após semanas desaparecida. A embaixada brasileira em Tóquio confirmou que ela foi presa no Aeroporto Internacional de Haneda, em Tóquio, ao tentar entrar no país com drogas escondidas no corpo.
Aylah saiu de Manaus no dia 28 de julho, informando à família que viajaria a São Paulo em busca de emprego. Em mensagens à mãe, Elisandra Castro, ela também mencionou que encontraria um homem que seria seu namorado, que já teria custeado outra viagem em abril. A jovem chegou a avisar que estava hospedada em um hotel na capital paulista, mas logo deixou de dar notícias.
Sem contato e preocupados, familiares registraram boletim de ocorrência e passaram a rastrear o celular da jovem. Inicialmente, o aparelho apontou localização na zona norte de São Paulo, mas dias depois o sinal surgiu no Japão, gerando suspeita de roubo ou extravio. Pouco depois, a embaixada confirmou a prisão.
Em nota, a família informou que a jovem permanece detida em uma delegacia de Osaka e chegou a ser internada em uma unidade hospitalar.
“Aylah encontra-se detida em razão de tentativa de entrada no país portando substâncias ilícitas. Informamos, ainda, que ela foi internada em unidade hospitalar e, no momento, encontra-se em bom estado de saúde”, diz o comunicado.
Manauara escondeu drogas no sutiã
Segundo as autoridades japonesas, a brasileira foi abordada na alfândega de Haneda após levantar suspeitas ao alegar turismo como motivo da viagem. Testes detectaram vestígios de cocaína em sua bagagem e, durante revista pessoal, agentes notaram um volume anormal em seu sutiã.
Aylah alegou se tratar de enchimento estético, mas, após insistência, foram encontrados frascos contendo cocaína líquida escondidos em preservativos. A carga totalizava 1,4 quilo da droga, avaliada em aproximadamente R$ 1,29 milhão.
Reportagens da TV japonesa TBS indicam que ela saiu de Guarulhos e fez conexões em Adis Abeba (Etiópia) e Bangkok (Tailândia) antes de desembarcar no Japão. No entanto, ainda não está claro por que o rastreamento do celular apontou sua localização no Aeroporto de Kansai, em Osaka, já que a prisão ocorreu em Haneda.
O caso segue sob investigação. No Japão, crimes relacionados ao tráfico de drogas podem resultar em pena de até 10 anos de prisão. O Consulado Brasileiro em Tóquio acompanha a situação, e a Polícia Federal (PF) apura se a jovem pode ter sido aliciada por uma organização criminosa.
Enquanto aguardam os próximos desdobramentos, familiares pedem apoio das autoridades brasileiras. “Ela tinha rotina ativa nas redes sociais, fazia videochamadas todos os dias. Foi um desaparecimento inesperado, que virou nosso maior pesadelo”, afirma a mãe da jovem.
*Com informações do Portal Toda Hora